Partilha de sentires, emoções, aferições, estados de alma e coisas banais. Pequenas histórias de ontem, de hoje e que se sonham para o amanhã.
Poemas meus e desabafos de amor e de vida.
Partilha de sentires, emoções, aferições, estados de alma e coisas banais. Pequenas histórias de ontem, de hoje e que se sonham para o amanhã.
Poemas meus e desabafos de amor e de vida.
Os meus amigos, trago-os no bolso. É assim de há uns tempos para cá. Os cafés que nunca se marcam, os jantares que nunca se comem, os caminhos que não mais se cruzam. Mas a internet e em especial, o facebook, preenchem os meus dias com mais sorrisos e o meu coração anda mais cheio. É que basta um movimento de dedos e toco na caixinha que traz até mim, qual pozinhos de perlimpimpim, os meus amigos, os meus familiares, caras conhecidas, que saltam cá pra fora nas suas fotos sorridentes, nos seus posts sérios ou menos sérios, nos seus likes. Enfim, um pequeno gesto pode mudar o nosso dia, como um sorriso ou um abraço, e no fundo, nestes dias enfiados em nós mesmos, nas nossas realidades profissionais e familiares, as redes sociais trazem até nós pequenos gestos que abrilhantam os nossos dias. Viajamos num ápice até ao passado, espreitamos os amigos de infância, os colegas de escola, ou quaisquer ex-companheiros que passaram pelas nossas vidas, e que só assim é possível revê-los e "ressenti-los". E infelizmente, até tenho rostos que já partiram, mas que eu vou espreitar de vez em quando e ao ver as suas páginas, afago as memórias e mato saudades. Sem este novo mundo, de quantos perderíamos o rasto, de quantos não veríamos a família crescer, quantos não veríamos envelhecer? E partilhar? Como é bom partilhar. E partilhar o bom da vida, as coisas boas, é bem melhor que qualquer bem material. E mesmo, nos momentos mais tristes e complicados, sabe bem ter o bolso cheio de energias positivas e mensagens encorajadoras. As pessoas mais importantes da vida, tenho-as ao meu lado, para beijar, abraçar, cheirar, tocar. Mas todas as outras que ocupam um lugarzinho no meu coração, trago-as no bolso.
Na impossibilidade de encurtarmos as semanas e as horas diárias de trabalho e atividade, fica difícil equilibrar o bem estar e, muitas vezes, o bom senso. Sentimo-nos formigas tarefeiras, a correr atrás do tempo, a correr atrás de objetivos, a correr para alcançar mais uma "prova superada". E nos dias de hoje, deixem-me que vos diga, que isto são provas atrás de provas, dignas de uns verdadeiros jogos sem fronteiras para o descanso. Vivemos a vida ou um desafio às nossas capacidades? E ainda nos espantamos e surpreendemos com as maleitas que vão surgindo, com os maus humores inesperados, com as falhas humanas que nos acometem. Diria que as provas de esforço deveriam de ser banidas e que ter reclamado das aulas de educação física do professor Vitor e do seu teste de Cooper, bem como das aulas de matemática de duas horas da professora Helena, foi um disparate. Peanuts, senhores! Comparando com o meu dia atual, eram canja! Rotinas do desembaraço que não deixam margem para viver, para abraços longos, para conversas destravadas, para contar estrelas. E como equilibrar este mundo de afazeres e de horas acelaradas? Primeiro que tudo, todos os dias, respirar fundo boas energias (as dos filhos são as melhores), coragem e motivação, que acompanhadas por um café cheio, fazem milagres. Depois, premiar as poucas horas ditas livres, de descanso ou de fim de semana com coisas que mereço. The winner is...me! Certamente, que sim. Ganho o céu, o ar livre e enquadro a vida no melhor dos cenários. E assim, mesmo havendo o que fazer (porque por estes dias, sendo adulta e três filhos depois, há sempre) a coisa faz-se muito melhor. Já que o filme é este, que seja realizado e produzido com primor e amor. Ambiente, luz, os melhores protagonistas e claro, uma banda sonora de fazer sorrir a alma e dar voltinhas no set (na impossibilidade de som direto, é deixá-la trautear na nossa cabeça). E para curar o corpo dormente e a mente demente sugiro pausas para preguiçar no sofá e ao sol; conversas, beijos e amassos dos filhos; romance e beijos na boca do marido; almoçarada, jantarada ou uma simples cafezada com os amigos; mergulhos em livros e filmes; massagensterapêuticas; caminhadas; e o mais difícil, terminar o domingos à noite a cometer o pecado da gula, com o nosso gelado ou chocolate preferidos.