Partilha de sentires, emoções, aferições, estados de alma e coisas banais. Pequenas histórias de ontem, de hoje e que se sonham para o amanhã.
Poemas meus e desabafos de amor e de vida.
Partilha de sentires, emoções, aferições, estados de alma e coisas banais. Pequenas histórias de ontem, de hoje e que se sonham para o amanhã.
Poemas meus e desabafos de amor e de vida.
Hoje é dia de aniversário. O dia em que celebramos a vida, o privilégio de estarmos vivos e de poder sentir tudo.
Os anos passam, passamos por tanto, por muito, por pouco. Achamos que haverá sempre o tempo, o tempo do sonho, do mais além, mas ele escorre, ele foge. E as concretizações foram outras, as surpresas foram muitas, os risos foram inesperados, os choros foram marcantes. Mas tudo foi sentir, foi viver.
E a despedir-me dos 30, com tantas vidas vividas, que já nem parecem minhas, três filhos depois, com tanto que fui perdendo, com tanto que fui ganhando, hoje sei que vale sempre a pena respirar fundo e sorrir a cada momento de vida.
E mesmo crescida, mãe, vou continuar a viver na minha bolha de sonhos, a olhar o céu, as minhas nuvens e as minhas estrelas, a perder-me nos sons da natureza, o soprar do vento, o roçar das folhas, o canto dos pássaros.
Quero ter tempo para amar, quero que me amem. Quero ser!
Quero poder acarinhar os meus filhos. Quero ler, quero escrever, quer ouvir música, quero cantar, quero pensar. Quero estar!
Tenho uma mãe, chamada Avó. A Fada das minhas histórias.
Tem um coração gigante, Uma varinha de bondade, Realiza os meus desejos, Aqueles que peço com força e de olhos bem fechados.
Tem uma poção mágica, Que me acalma e adoça, Que é tomada ao seu colo, Quando me beija e abraça.
Com este Amor de Avó, Sinto-me sempre especial, Sou o Maior do mundo! E mesmo grande e barbudo, Nunca me vou esquecer, Que tenho uma Fada Rosa, A mais linda e bondosa, Para sempre me proteger.
São milhares as estrelas no céu a dourar o meu caminho, mas há dias que marcam a alma e a vida da gente e nem um céu estrelado nos faz brilhar. Sinto um enorme vazio, resta-me arranjar a coragem, por mim perdida, por mim achada, para enfrentar os meus fantasmas, sonhos que o tempo apagou. E quem me leva os meus fantasmas?
Aí, eu vou mas é descansar, deixar tudo espairecer, porque eu quero é ser feliz, haja o que houver. Não ando cá para sofrer mas para viver, e o meu futuro há de ser o que eu quiser. E se considerar que um dia hei de morrer, que seja feliz à minha maneira.
E não sendo a única a olhar o céu, se eu sentir que não sou capaz, procuro à noite um sinal de ti e peço que me dês um abraço, que seja forte e me conforte, e me fales de amor. Selamos segredos, invades os meus sentidos e quando amanhece, se agita a luz sem querer, o dia vem devagar, em câmara lenta. E de novo percebo que vai dar tempo para aprender e vai dar jeito para viver, pois tudo o que eu te dou, tu me dás a mim.
Respirar fundo e deixar entrar o ar, a paz e o que de mais belo e simples existe naquilo que nos rodeia.
O dia pode ser matreiro, barulhento e inconveniente, mas o pôr do sol é sempre compreensivo, calmo e reconfortante.
É o colo que nos acalma e nos renova as energias. Só nós podemos faltar ao encontro, ele está sempre lá para nós. Mais belo, mais chuvoso, mais tímido, mas nunca falha a sua metamorfose, com que fecha os nossos dias e nos oferece a lua e as estrelas, o silêncio da noite, o momento em que o universo se mostra e nos brinda com a sua imensidão.