Partilha de sentires, emoções, aferições, estados de alma e coisas banais. Pequenas histórias de ontem, de hoje e que se sonham para o amanhã.
Poemas meus e desabafos de amor e de vida.
Partilha de sentires, emoções, aferições, estados de alma e coisas banais. Pequenas histórias de ontem, de hoje e que se sonham para o amanhã.
Poemas meus e desabafos de amor e de vida.
Estás a olhar para onde? Para a loucura que há em mim? Sabes, também caberia em ti. Não gostas do que digo, nem tão pouco do que sou. Então, não me olhes tanto, Não me saibas desta maneira, Não venhas viver aqui. Deixa-te ficar com o que é teu. Vira-me as costas, borrifa-te para o que faço. Não espreites à minha janela, vai ver-te em vidro espelhado. Não me dês tanta importância, Se te causo tanta estranheza. Que desconforto o teu... Sabes, a vida é cheia de tudo e, por vezes, andamos sem nada. A felicidade mora no fogo de artifício de um beijo, de uma gargalhada, nos braços de alguém. No sentires aquele momento de corpo e alma. Amar é sentimento, mas também é sentir. É beber as palavras do outro e sentir-lhe a pele. É navegar em mar calmo, sabendo que o que nos desafia são os dias de temporal. Para mim...mas se preferes ficar em terra, fica. Afinal, vens aqui procurar o quê? Não me leias tanto e (re)escreve a tua própria história.
É altura de regressar à escola. Passar o portão e regressar às conversas com os amigos, às salas e ao arrastar das cadeiras, à escuta e à escrita. Ter a mochila como parceira inseparável e sentir o (imenso) peso dos livros e da responsabilidade (pelo menos, assim se espera). E aí vou eu, de sorriso rasgado, look pensado, com o peito cheio de ar e o coração cheio de expectativas. Ai, mãe! Cá vamos de novo! Que aventuras me esperam, que dramas me farão insónia, que decepções me farão crescer? Os colegas que nos impõem, os amigos que descobrimos, os professores que não esqueceremos. Venham daí! Estou pronta para mais um ano, de subidas e descidas, de voltas e revoltas, de sucessos e erros. Tudo acontece, o bom e o mau, e não podemos contrariar a vida. O truque é darmos sempre o nosso melhor. Não conseguimos? Não desistir. Seguir em frente. O mundo é infinito de aprendizagens e de amor. Daqui a 9 meses, sairei daqui mais rica. Mais rica de conhecimentos, mais rica de experiências, mais rica de viver. Aquilo que escolher levar comigo, depende de mim. A escola é também aquilo que faço dela, dela posso retirar o que eu entender. E se considerar que aqui vou estar, que seja para colher o melhor, que seja para enriquecer enquanto ser humano, em saber e em saber ser.
Há pouco tempo de regresso ao trabalho e as baterias já estão fracas ou então, o motor está com falta de arranque!
O truque é tomar vitaminas, daquelas que ingerimos nas férias. A começar por tentar sorrir logo pela manhã e fazê-lo ao longo do dia. Tudo se torna mais leve e colorido. Pessimismo é o caminho perfeito para o desastre e para desaires. E não deixar de fazer coisas que nos são agradáveis. Os passeios na praia, as caminhadas (noturnas, se tiverem de ser), sentar a tomar um café sem pensar nos problemas (e na louça e roupa por lavar), ver filmes com os miúdos, fazer programas românticos com a nossa cara metade, estar com os amigos.
Quando regressamos às nossas rotinas, muitas vezes, parece que entrámos num filme a preto e branco, daqueles massudos, nos quais fica difícil acompanhar o enredo. É o trabalho que parece o comboio da linha de Sintra, no para-arranca, apertados e pouco motivados para a viagem. É a família, os filhos e a casa, que acabaram de nos contratar novamente como empregada, apta para colocar de novo a gigantesca máquina doméstica a funcionar. Enfim, é a rotina a tomar conta de nós!
Estar de férias é também um estado de espírito, por isso, procurar estar bem no nosso dia a dia também depende de nós e do nosso alento. Nas férias levamos a vida de forma mais despreocupada, viramos a cara aos deveres e dedicamos mais tempo aos quereres.
Pois bem, a vida é injusta e com os anos e três filhos depois, aprendi que viver a sorrir é uma questão de querer. E ao longo do tempo, tenho vindo a perder a exigência com tudo, o perfecionismo, a procura por um mundo "meu" perfeito. É impossível estar 100% dedicada a filhos e trabalho. Há horas do dia em que só poderia ser excelente mãe e profissional através da clonagem (das 17h às 19h é sempre crítico). Não posso ser tudo, nem fazer tudo, mas posso procurar estar bem diariamente, tomando as minhas "vitaminas" de vida, de viver.
E os amigos são um verdadeiro cocktail das principais "vitaminas". Estarmos juntos é a melhor partilha de posts reais e em direto.
Os horários de trabalho e as distâncias, bem como a tal entrega à rotina, muitas vezes, impedem o encontro para dois dedos de conversa, o cafezinho “curto”, o copo “tardio”. E assim vamos ficando sempre por marcar o dia e a hora, por dar aquele abraço, por contar aquela novidade, por provar que estamos vivos e felizes.
É tentar que um magote de amigos, com um magote de respetivos, com um magote de filhos, não impeçam o convívio e a reunião. E a solução mais festeira é mesmo abrir as portas de nossa casa e preparar uma patuscada. E quando o tempo e a capacidade de cozinhar e preparar "casamentos" não funciona, existe sempre catering para festas e eventos para ajudar. É penoso entregar-se 10h à cozinha e à casa para 4 horas de festa.
Assim, a iniciar mais um ano de trabalho, com uma crise pós-férias, a ideia é não desistir de mim, da minha individualidade, daquilo que me faz feliz. É procurar motivos para sorrir todos os dias, é ver nos problemas e agruras do dia a dia uma lição e uma história para contar. É aproveitar e criar momentos felizes com aqueles que gostam de nós e nos escutam, é rir, é gargalhar, é abraçar, é beijar, é sermos nós próprios.
Os dias de hoje andam com o turbo ligado e antes que chegue depressa ou tarde demais à única vida que tenho para viver, quebro rotinas, contorno expetativas inalcançáveis e abuso das minhas "vitaminas".
Fim dos dias sem horas. Dias de cabeça no ar, De pés na areia. De fazer nada, E poder fazer tudo. Fim do ar livre, E da luz natural. Do sol e da esplanada. Do chinelar e do calção. Do bronze e do biquíni. Oh! Férias! Vou chorar!