Partilha de sentires, emoções, aferições, estados de alma e coisas banais. Pequenas histórias de ontem, de hoje e que se sonham para o amanhã.
Poemas meus e desabafos de amor e de vida.
Partilha de sentires, emoções, aferições, estados de alma e coisas banais. Pequenas histórias de ontem, de hoje e que se sonham para o amanhã.
Poemas meus e desabafos de amor e de vida.
Há 16 anos, realizei um sonho, o de ser mãe, de um príncipe. E assim foi... sou imensamente grata pelo ser humano fantástico que és e pela sorte que tenho de te ter na minha vida. És lindo, divertido, inteligente e o teu coração de ouro! És o meu filho, o primeiro, o meu amigo gigante e eu amo-te muito!!!!
Há 16 anos...
Já te sentia, no corpo e no coração. No coração apertado e agitado. Agitado com a tua chegada. Chegada desejada, de te ter no colo.
No colo onde te prendi e me apaixonei. Apaixonei-me pelo cheiro e alma. Alma doce que me acalma. Acalma e me ensina a ser mais.
Mais mãe, mais forte, mais tudo. Tudo de bom, para ti! Sempre!
Nasci, Fui criança! Cresci, Sou adulto Cheio de esperança.
Sou mistura... Mistura variada! Sou qualquer coisa, Qualquer coisa parecida Com um pouco de nada.
Sou matéria... Pertenço à Natureza! Sou ilusão vivendo na incerteza, Se vim do Nada, Sou nada com certeza!
Francisco Vaz
Neste domingo de sol e ventoso de esperança, partilho convosco um poema de um Amigo, Francisco Vaz, "Quem sou eu", a quem peço, desde já, desculpa pela ousadia, mas a quem agradeço desta forma as suas sempre simpáticas e sábias palavras, vestidas de versos e rimas.
Porque quem somos? Somos beleza na nossa simplicidade e naturalidade. 💛💚💛
Gonçalves Vaz, Francisco (2003). Palavras que Rimam. Beja, Gráfica amdbeja.
Como é difícil dizer adeus, quando gritamos no nosso silêncio que queremos ficar. Como é difícil aceitar que, neste mar, navegarás sozinho ou não sairás do lugar, como numa espera interminável que não te levará a lado nenhum.
É preciso coragem e determinação para encetar viagens, descobertas, sonhos… Ah! Como é preciso, para que haja vida em nós e sangue a correr nas veias, levantar e passar das palavras aos atos! Mas há sempre um espírito guerreiro em nós, como quem se lança e mergulha num mar gelado, como quem luta pela (sobre)vivência do seu querer e sentir e depois do primeiro passo, os outros surgem, mais lentos ou apressados, e lá vamos nós atrás de nós próprios, que o tempo urge.
No entanto, como é mais difícil dizer adeus. Como se agora, preenchidos pelo sentimento e sonho, nos arrancassem as entranhas… A perda que vem sem avisar ou a perda que tem de acontecer para não nos perdermos de nós mesmos e da nossa essência doem. Dói sempre. E lá mais à frente, em mar alto, vamos desejar não ter saído do porto, vamos pensar que chegaria o dia, vamos sentir arrependimento, mas e se não, nunca…
Neste porto, a espera será infinita e infinito é o mundo na finitude dos dias que passam. Agora, fraquejando, de joelhos, é preciso içar as velas, enfunar as velas do peito de ar, largar as amarras e sair deste limbo de águas paradas, de poucos, de nadas.
É inevitável a despedida, quando é inalcançável aquilo que pedimos, que o coração sonhou, que o corpo suplicou. Temos de aceitar que não nos querem aqui, temos de saber a hora de partir. Não és, não serás…. Mereces um todo, que não este. Quem sabe, nesse mar sem fim, numa ilha perdida, encontres aquilo que te completa… e se a ilha for deserta, que a preenchas com a tua essência e aí, talvez, valha a pena ficar.
Estou de saída... Virando a página, Esmiuçando as últimas linhas do capítulo... É o fim. Fecho o livro. Aperto-o contra o peito, Despeço-me desta história... Arrumo-a com o cuidado que merece. Por uns tempos, ainda baterá em mim, Depois...os tempos irão varrê-la... E guardá-la-ei na prateleira Saudade.
Mar, céu e infinito sentir. Quadro de beleza efémera. Os vazios, inunda de alma, Cansaços e percalços, voam. E nos faz crer que amanhã, Só para estes instantes, Só para reencontrar este mundo, Vale a pena voltar.
Este ano, o regresso à escola e o passar dos portões terá de ser de entusiasmo contido e os abraços terão de ser substituídos por entradas ordeiras, filas indianas e esperas cronometradas, para prevenir que o vírus encontre portas de fuga e impeça que o novo ano letivo leve a melhor. Mas também este ano, temos heróis mascarados que darão o seu melhor para o salvar e impedir que as suas mochilas de livros, cumplicidades, amizades e aprendizagens regressem a casa e ao confinamento. Um enorme desafio se coloca, o de respeitarmos as novas regras e medidas de segurança contra o vilão Covid-19, mas juntos somos mais fortes e juntos vamos enfrentá-lo, apreendendo novos hábitos, rotinas e comportamentos. Aos crescidos, pais, educadores, professores, auxiliares, técnicos e toda a restante comunidade escolar, cabe o poder da tranquilidade, o dever de desdramatizar medos e receios, facilitar um ambiente saudável e de normalidade, que permita que não só que as aprendizagens escolares aconteçam, mas também o relacionamento e as interações entre os mais novos, essenciais ao desenvolvimento saudável e bem estar dos mais jovens. No nosso exemplo correto de respeito e responsabilidade, de capacidade de escuta e de entendimento, deverá ser baseado o treino diário de estratégias e ataques infalíveis contra o malvado invasor das nossas vidas. Assim, entremos todos distanciados, mas com o pé direito, mãos limpas e a nossa melhor máscara. No final, que sejamos os heróis desta história e os autores do seu final feliz.
A natureza tem altares divinos... Neles me encanta e eleva aos céus, Só neles respiro a imensidão de mundo. E quando a noite chega para me receber E nela me deixo cair, em liberdade, De braços abertos, em queda livre, Desejo um voo infinito...imenso... Que me leve...
Quando me iluminaste, Ao nascer do dia, No horizonte, na aurora, Despontaram em mim os sonhos Que escondera no escuro, adormecida... E foi de rara beleza, O nosso reencontro... De almas.
Agora, que findam as horas, Ao despedir do dia, O sol e o horizonte, Brindam com encanto e espanto O lusco fusco da partida... E é uma tela inesquecível, O nosso adeus... De corações.
Que os beijos que tardam, cheguem... À sua chegada, os lábios, cintilem... E na magia, no toque, na faísca... O verão quente, regresse... Aquecendo corpo e alma.
No corredor da monotonia, Há portas e janelas a descobrir... Que só trancam e destrancam por dentro, de ti. Por umas, podes corajosamente fugir, Que o mundo é vasto, mas de raras oportunidades. Por outras, bem...disfruta um pouco, sorri até... Ampara a tua fraqueza no parapeito, Olha profundamente o lá fora, o distante... E fica seguro de que poderias ir... Só a Morte nos pode parar... E agora, escuta-te, olha de novo, no fundo do teu corredor. Segues em frente, passo a passo até ela... Ou então, vive e salta lá para fora... Supreende-a tu, com a tua chegada... Sem pressa, abraçado à escolha que te fez feliz.