No escuro
Na escuridão, tremi perante o medo.
A ventania rasgou-me a pele,
Bramiu verdades,
Descobriu as ilusões,
Mergulhou-me em sombras.
Esventrou os sonhos,
Escorreram-me pelo rosto,
Salgados.
Abracei o vazio,
Caí rendida.
Perdida.
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Na escuridão, tremi perante o medo.
A ventania rasgou-me a pele,
Bramiu verdades,
Descobriu as ilusões,
Mergulhou-me em sombras.
Esventrou os sonhos,
Escorreram-me pelo rosto,
Salgados.
Abracei o vazio,
Caí rendida.
Perdida.
Cidade de Beja, tua Rainha,
Que coroas de pedra ao luar
Com tua menagem nobre e altiva,
És Seu Castelo, símbolo maior.
Por ela travaste tantas lutas...
Sempre atento e protetor.
Hoje, Cavaleiro tão antigo,
Menos forte e destemido,
Mas com o mesmo esplendor.
Sempre de vigia, como outrora,
Ao teu povo, teu ouro, tuas conquistas,
Até onde a planície se avista...
Convidas quem de longe te espreita,
Que venha teus domínios abraçar,
Contigo brindar à História,
E lembrar que Nobreza é amar
A tua Cidade, nosso Portugal!
Foto: onesimocos7a/facebook
Brotaram flores do meu coração,
Faíscaram em meus olhos
As luzes, as cores, as paixões.
Trespassaram-me os encantamentos
Das fadas, de mãos em roda,
Rodopiando comigo em palco de flores,
De folhas, quebrando sonoras, descalças
O piso seco magistral do caminho,
Que tomara como onírico rumo
De festa, de quem vestiu de gala
A gratidão de viver os dias,
Que a vida oferece sorrindo, servidos
Em copo de barro, cravado a pedrinhas,
A conchas, a brilhantes d'agua da chuva
Pura, encantada e mágica de bençãos.
As árvores dançaram à sonata ventosa,
Que entoava as notas de cada letra,
De cada poro do teu nome, perfumado
Que me impregnara de verdades
Sonhadas, tomadas de corpo inteiro,
Encaloradas de fogo d'alma
Que ama perdida de si
Para se encontrar no peito
De quem se ama.
Imagem: Maria Antónia pinturas (fonte: Pinterest)