Castro Laboreiro
Encanto castrejo
Encanto castrejo, tão verde, ponteado a amarelo e roxo. Palete verdejante, pintada em tela de pedra, granito sangrado. Serras vestidas, tão belas, que nas suas cascatas e fontes cantam felizes.
A envolvência é imensa, avassaladoramente bela, e também nossos olhos sangram pela beleza, a cantar como as sua águas sonoras e límpidas.
Tomado o castelo, fortaleza caída, perdida, mas tão segura no seu altivo domínio, guardando a Peneda, como que, hoje, protegendo as flores, a urze e cada rasgo de paisagem, somos nós os conquistados.
Suas pontes romanas revelam o Império, sua via legionária, tomada ela de encantos, rasgando as serras, desenhando a História.
Aqui somos reais, palpáveis, crus, originais... somos elemento sã desta terra tão nua, tão deslumbrante de tão natural. Amo este sentimento de me sentir primitiva, mais um pássaro na paisagem, voando livre. Sou como esta paisagem... dura, florida, sem máscaras, adornos...nua e crua.
Um dia, regressarei. Regressarei sempre... corpo, alma, pássaro... pertença deste verde imenso, céu e horizonte.