Quando o tempo para
Vale pelo amor
O amor tem destas coisas. E sem pensamentos, sem julgamentos, sem amanhã, sem saberem como, beijaram-se, abraçaram-se, amaram-se.
O tempo parou. Os beijos mordidos, o respirar, a loucura do sentir, de dentro para fora. Elevaram-se ao amor, saquearam-se ali mesmo, despidos de tudo e cheios de si mesmos.
Tatearam-se numa descoberta de um mundo que já era deles, num toque vibrante, assolador, de dedos, de pele, de corpos que se copulam para gerarem energias.
Enrolados como plantas, bolinaram ao sabor da paixão, guindastes de prazer, devastando-se, devorando-se, ascendendo-se, perdidamente.
Valera pela vida, pelo amor.