Partilha de sentires, emoções, aferições, estados de alma e coisas banais. Pequenas histórias de ontem, de hoje e que se sonham para o amanhã.
Poemas meus e desabafos de amor e de vida.
Partilha de sentires, emoções, aferições, estados de alma e coisas banais. Pequenas histórias de ontem, de hoje e que se sonham para o amanhã.
Poemas meus e desabafos de amor e de vida.
Brotaram flores do meu coração, Faíscaram em meus olhos As luzes, as cores, as paixões. Trespassaram-me os encantamentos Das fadas, de mãos em roda, Rodopiando comigo em palco de flores, De folhas, quebrando sonoras, descalças O piso seco magistral do caminho, Que tomara como onírico rumo De festa, de quem vestiu de gala A gratidão de viver os dias, Que a vida oferece sorrindo, servidos Em copo de barro, cravado a pedrinhas, A conchas, a brilhantes d'agua da chuva Pura, (...)
Quando me iluminaste, Ao nascer do dia, No horizonte, na aurora, Despontaram em mim os sonhos Que escondera no escuro, adormecida... E foi de rara beleza, O nosso reencontro... De almas. Agora, que findam as horas, Ao despedir do dia, O sol e o horizonte, Brindam com encanto e espanto O lusco fusco da partida... E é uma tela inesquecível, O nosso adeus... De corações.
Quando o vento me elevar às estrelas, Chorem-me de sorriso no rosto, Lembrem-se da minha verdade, Das piadas, das bocas, da amizade sincera. Flores, girassóis e margaridas, sem fitas. Vistam-me de túnica branca, couraça romana, descalça. Toquem músicas, as minhas, do coração. Leiam poemas, os desabafos, tão meus. Declamem Sophia, Eugénio, Pablo, Pessoa e Torga. Contem as nossas histórias, alegres, aquelas de chorar a rir. Com as minhas cinzas plantem uma árvore, Quero ser raiz, (...)
Amar é respirar o outro, Numa falta de ar, do cheiro. É encher o peito, respirar fundo. É impregnar o corpo e alma Da essência, dos sentidos. Amar é queimar um pouco, Num desejo do toque, da pele. É abraçar o fogo, derreter em mel. É fundir o corpo e alma Com o outro, num só. Amar é entrelaçar os dedos, Numa troca de vida, de magia. É entregar a chave, abrir a janela. É abrir de corpo e alma O teu eu, o teu tesouro. Amar é perder o medo, Num ato de coragem, devaneio. É (...)
Amaram-se sem perceber. Na indiferença, No olhar por trocar, Nas palavras vagas. Já se traziam de outras vidas... Encontravam-se sem perceber. No pôr do sol, No luar, Nos pensamentos. Olhavam o mesmo céu estrelado... Perderam-se sem perceber. Nos medos, Nas luzes artificiais, Noutros amores. Soubessem eles a verdade... E morreriam no beijo, Se queimariam na pele, Entregariam as almas.