Partilha de sentires, emoções, aferições, estados de alma e coisas banais. Pequenas histórias de ontem, de hoje e que se sonham para o amanhã.
Poemas meus e desabafos de amor e de vida.
Partilha de sentires, emoções, aferições, estados de alma e coisas banais. Pequenas histórias de ontem, de hoje e que se sonham para o amanhã.
Poemas meus e desabafos de amor e de vida.
A igreja anunciava as findas horas da noite. Há 30 anos que assim era. As badaladas a soarem como a voz de uma mãe que anuncia que é tempo de levantar e hora do descanso. Em casa, os seus dias eram ritmados por elas, sem nunca perderem o fio ao tempo ou então, como acontecia nos domingos preguiçosos, despertavam para a demora nos lençóis, quando enroscados um no outro contavam em uníssono silêncio as batidas no ferro, para descobrirem que tardaram no ninho, no amor. Artur e Inês, (...)
Neste Dia Internacional da Saúde Mental, que seja dia de relembrar que forte é aquele que tem a coragem de pedir SOCORRO, de saber que haverá alguém neste imenso mundo que nos dará a mão, que o tempo não pára e com ele arrasta o bom e o mau, que nos devemos rodear de quem e do que nos faz bem, de que a CURA está no nosso ACREDITAR, no SORRISO que nos espera se deixarmos a SERENIDADE e a LUZ entrar em nós. Não nos fechemos em nós próprios, não cruzemos os braços, não nos (...)
Na colisão com as horas, O tempo empurra mágoas, Apazigua saudades. Mas relembra a finitude, A corrida dos dias Apressados, varridos... Empurrões em frente, Que nos apagam chances A cada batida do coração. Do nada, Não te prendas, Senão à tua vontade. Não te enlaces, Senão ao teu amor próprio. Não te iludas, Senão com os teus sonhos. Não te percas. Senão no teu caminho. Respira a vida a cada segundo, Aproveita com amor cada minuto, Sorri e sê grata a todas as horas.
Curiosamente, termino 2019 com a publicação do centésimo post das minhas Palavras de Areia... Cem textos... desabafos, declarações de amor, recriações, contos, poemas meus... aqueles que escolhi partilhar e dar de mim e que, um dia, ficarão para além da minha existência, para os meus, para quem os quiser acolher... No silêncio da escrita imprimo os gritos da alma, a agitação do peito, as músicas da vida. No silêncio da escrita, mergulho em mim, escuto os pensamentos em (...)
Vamos fingir que estamos todos felizes, impecáveis nas nossas roupas individuais e familiares, retas, sem vincos de imoralidade. Preza-te pela honra, rege-te pelos olhos dos outros e verás onde isso te leva... Quantos não passaram por este mundo presos a grilhões de regras sociais e de pesos de consciência, advindos de séculos de palavra de Deus, escrita por homens pecadores como todos os outros? Quantos não viveram fechados no seu silêncio, em submissão e opressão, debaixo de (...)
Se me visses agora, Olhos nos olhos, Se me sorrisses, Certamente, correrias para os meus braços. Que saudades eu tenho de ti! E daqueles que então podias beijar. Não segui a estrada dos teus sonhos, Afinal, nem sempre encontrei campos verdejantes, nem pude visitar todos os castelos. Deixei-me encantar pelas quedas de água, pelas arribas, corri a olhar o nosso céu estrelado... E caí, caí muitas vezes. Levantei-me outras tantas. Os nossos longos dias foram-se (...)
O verão chegou, meio disfarçado, de chapéu e casaquinho, mais esbatido e sombrio. Poder-se-ia dizer que é da idade, que já não tem o espírito soalheiro de outros tempos, que já lá vai o tempo em que se aguentava na rua dias inteiros. Porventura, não será culpa sua, será nossa... Mas com ele continuam a vir os dias mais longos, tic-tacs demorados das tardes quentes, das férias. As crianças brincam na rua, controem castelos de areia, os crescidos correm para as esplanadas, é (...)
Na impossibilidade de encurtarmos as semanas e as horas diárias de trabalho e atividade, fica difícil equilibrar o bem estar e, muitas vezes, o bom senso. Sentimo-nos formigas tarefeiras, a correr atrás do tempo, a correr atrás de objetivos, a correr para alcançar mais uma "prova superada". E nos dias de hoje, deixem-me que vos diga, que isto são provas atrás de provas, dignas de uns verdadeiros jogos sem fronteiras para o descanso. Vivemos a vida ou um desafio às nossas (...)
Memórias doces de infância, aconchegos de alma que me transportam para a sala da meninice. Fecho os olhos e estou de joelhos na alcatifa, com os meus collants de lã e vestido de fazenda, com o olhar perdido no imenso pinheiro natural de Natal, desejando ser um duende minúsculo, que pudesse saltitar de agulha em agulha, de bola em bola, e perder-me naquela floresta de encantos e luzes. Era hipnotizante e mágico!
Estás a olhar para onde? Para a loucura que há em mim? Sabes, também caberia em ti. Não gostas do que digo, nem tão pouco do que sou. Então, não me olhes tanto, Não me saibas desta maneira, Não venhas viver aqui. Deixa-te ficar com o que é teu. Vira-me as costas, borrifa-te para o que faço. Não espreites à minha janela, vai ver-te em vidro espelhado. Não me dês tanta importância, Se te causo tanta estranheza. Que desconforto o teu... Sabes, a vida é cheia de tudo e, (...)