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Palavras de Areia ®

Partilha de sentires, emoções, aferições, estados de alma e coisas banais. Pequenas histórias de ontem, de hoje e que se sonham para o amanhã. Poemas meus e desabafos de amor e de vida.

Palavras de Areia ®

Partilha de sentires, emoções, aferições, estados de alma e coisas banais. Pequenas histórias de ontem, de hoje e que se sonham para o amanhã. Poemas meus e desabafos de amor e de vida.

29.08.19

Lado a lado

Maresia
Um ano, dez meses e vinte e sete dias nos separam. Certamente, não te recordarás da tua vida sem mim. Infância a nossa, de verdadeira irmandade, cumplicidade e de seguir em frente de mãos dadas. Mais para meu amparo e doutrina. Através dos teus olhos descobria o mundo e seguia os teus passos como lapa curiosa, chata e desvairada. Desculpa a tormenta perante as vontades e desaires desta irmã mais nova. Crescíamos num mundo só nosso, lado a lado. Diziam-nos gémeas, mais pela (...)
24.08.19

Vamos à aldeia.

Maresia
Recordo a música do empedrado, o desfile das brancas caiadas, o ladrar dos cães, os anciãos nas escadas de Deus e, por fim, aquelas vozes melodiosas de boas vindas. Era assim, o regresso à pequena aldeia. Aldeia de ecos, de crianças livres, mulheres de negro e homens camuflados. Raízes que me prendiam ali, distantes do meu mundo que ficara bem lá para trás, no fundo da longa estrada. Universo paralelo da minha infância, onde descobria os avós, os tios, os primos. Onde a minha (...)
26.07.19

40 anos depois

Maresia
Se me visses agora, Olhos nos olhos, Se me sorrisses, Certamente, correrias para os meus braços. Que saudades eu tenho de ti! E daqueles que então podias beijar. Não segui a estrada dos teus sonhos, Afinal, nem sempre encontrei campos verdejantes, nem pude visitar todos os castelos. Deixei-me encantar pelas quedas de água, pelas arribas, corri a olhar o nosso céu estrelado... E caí, caí muitas vezes. Levantei-me outras tantas. Os nossos longos dias foram-se (...)
27.12.18

Memórias

Maresia
Memórias doces de infância, aconchegos de alma que me transportam para a sala da meninice. Fecho os olhos e estou de joelhos na alcatifa, com os meus collants de lã e vestido de fazenda, com o olhar perdido no imenso pinheiro natural de Natal, desejando ser um duende minúsculo, que pudesse saltitar de agulha em agulha, de bola em bola, e perder-me naquela floresta de encantos e luzes. Era hipnotizante e mágico!    
28.08.18

Parabéns, mana!!!

Maresia
Querias uma mana para brincares, quando todos queriam um rapaz para a família. Gosto de pensar que pediste com "muita força" e que o teu desejo se tornou realidade. E eu cheguei, mas não foi só para brincarmos juntas... fui chata até à última casa. Desculpa, penúltima. Pois quando eu percebia que estava quase na hora hora de acabar a brincadeira, dizia-me farta e tu tinhas de arrumar a "cangalhada" toda (nome engraçado este, com o qual os adultos apelidavam os nossos brinquedos). (...)