Partilha de sentires, emoções, aferições, estados de alma e coisas banais. Pequenas histórias de ontem, de hoje e que se sonham para o amanhã.
Poemas meus e desabafos de amor e de vida.
Partilha de sentires, emoções, aferições, estados de alma e coisas banais. Pequenas histórias de ontem, de hoje e que se sonham para o amanhã.
Poemas meus e desabafos de amor e de vida.
Sentada à minha janela, De olhos postos lá fora, Perco-me no verdejar, Ouvindo tanto piar. Vendo as danças de esvoaçar, Estou certa que eu é que vim morar Para a bela casa destes cantares. E eu, nesta gaiola, Vejo o Senhor Melro saltitar, No relvado a manobrar, As ervas a debicar. Voos rasantes até ao ninho, Para ir dar o beijinho A quem no bico espera amor.
Os amores, gosto deles pendurados ao pescoço. Gosto dos braços entrelaçados, dos dedos na nuca, das cócegas na pele. Gosto destes embrulhos de pessoas. Pendura-te em mim... Eu penduro-me em ti... Que laço forte, o nosso. Até se sente cá dentro, no peito. Aperta bem, para não soltar, mas sem nó. Que o laço quer-se ajeitado de vez em quando... E ao desembrulhar há um toque de magia... Aí os olhos miram-se e brilham. Sabemos que haveremos de repetir o embrulho. O do nosso amor.
Deixa-me ir contigo, Debaixo do teu guarda-chuva. Debaixo do teu abraço. Num enrosco, Estreito no peito. Eu calo-me, Tu escutas-me. Deixa chover... Deixa-me ficar.
Troquei as torres, Pelo céu e as estrelas. Troquei motores e asas de ferro, Pelos piares e penas. Troquei de canto, de ninho, de mim. Envolvida pelo silêncio da Natureza, Embalada pelo meu respirar, Perfumada pelo mar. Adoro o vento que arrepia, O Sol que ofusca, O verde que envolve. Adoro o luar que banha, O céu que brilha... O meu eu que sossega a alma e sorri.