Partilha de sentires, emoções, aferições, estados de alma e coisas banais. Pequenas histórias de ontem, de hoje e que se sonham para o amanhã.
Poemas meus e desabafos de amor e de vida.
Partilha de sentires, emoções, aferições, estados de alma e coisas banais. Pequenas histórias de ontem, de hoje e que se sonham para o amanhã.
Poemas meus e desabafos de amor e de vida.
Num manto de girassóis, Escondi o quebranto sem fim. Despida, véu de luz, Deixei o Sol descer em mim. E ofuscada de sonhos, Quente de amor, Descansei sorrindo Ao entardecer... Num manto de girassóis, Eras astro e eu, flor a nascer.
Deixa o Sol se pôr... ele volta... Abre os braços à noite, à escuridão das horas. Só nela se vislumbra o mais belo espetáculo de luzes. Na quietude celeste, no silêncio das sombras, As estrelas brilham imensas, a lua se agiganta. Na solitude fria, no ermo do espaço, A tua alma se acende, o teu corpo se manifesta. Abraça-te, revela-te, respira-te. Percorre a tua pele arrepiada, Escuta os teus batimentos, Sente o ar que te enche o peito... E acredita... No escuro, brilham os sonhos, (...)
Se floriram os meus dias, Os meus olhos, Os meus sorrisos. Se dissiparam as nuvens. O Sol brilhou para mim. Senti-o no rosto, na pele. Com piscadelas de luz, Sussuros no vento. Contou-me o segredo. Nem nas noites mais cerradas, As flores perdem a sua cor E é em dias de temporal, Que as suas folhas mais dançam. Que fosse flor. No meu escuro, Minha própria luz. Na dor, Meu próprio embalo. E que ele, o Sol, Voltará sempre. Mesmo que os dias cinzentos, Insistam e persistam. Ele volta, sempre. Prome (...)
Quando o vento me elevar às estrelas, Chorem-me de sorriso no rosto, Lembrem-se da minha verdade, Das piadas, das bocas, da amizade sincera. Flores, girassóis e margaridas, sem fitas. Vistam-me de túnica branca, couraça romana, descalça. Toquem músicas, as minhas, do coração. Leiam poemas, os desabafos, tão meus. Declamem Sophia, Eugénio, Pablo, Pessoa e Torga. Contem as nossas histórias, alegres, aquelas de chorar a rir. Com as minhas cinzas plantem uma árvore, Quero ser raiz, (...)
No mar salgo a alma, Travo que me beija a boca, Me respira na pele, Me lava impura, me quebra. Na areia descanso, Corpo e pensamentos desnudos. Deixo a brisa levar uns tantos. Inspiro o alento e a paz. Fito o céu de infinito azul, Ofusca-me o sol, Deixo que me aqueça os poros, Me derreta o tino, E me deixe primitiva, estar.
O verão chegou, meio disfarçado, de chapéu e casaquinho, mais esbatido e sombrio. Poder-se-ia dizer que é da idade, que já não tem o espírito soalheiro de outros tempos, que já lá vai o tempo em que se aguentava na rua dias inteiros. Porventura, não será culpa sua, será nossa... Mas com ele continuam a vir os dias mais longos, tic-tacs demorados das tardes quentes, das férias. As crianças brincam na rua, controem castelos de areia, os crescidos correm para as esplanadas, é (...)
Na impossibilidade de encurtarmos as semanas e as horas diárias de trabalho e atividade, fica difícil equilibrar o bem estar e, muitas vezes, o bom senso. Sentimo-nos formigas tarefeiras, a correr atrás do tempo, a correr atrás de objetivos, a correr para alcançar mais uma "prova superada". E nos dias de hoje, deixem-me que vos diga, que isto são provas atrás de provas, dignas de uns verdadeiros jogos sem fronteiras para o descanso. Vivemos a vida ou um desafio às nossas (...)
Fim dos dias sem horas. Dias de cabeça no ar, De pés na areia. De fazer nada, E poder fazer tudo. Fim do ar livre, E da luz natural. Do sol e da esplanada. Do chinelar e do calção. Do bronze e do biquíni. Oh! Férias! Vou chorar! 😭😭😭
O sol pediu à nuvem Licença para passar. A nuvem desajeitada, Levou tempo a desviar. Luísa, ali fechada, Sem o sol para a brindar, Sem os seus raios de luz, Ficou no escuro a chorar. Mas a nuvem vagarosa, Com o vento a ajudar, Deixou o sol esgueirar-se E pôr o quarto a brilhar. Luísa, bateu as palmas. Deu os bons dias a gritar. Saudou cada recanto. Quem lhe dera dançar! O seu quarto é o seu mundo, Seu sorriso a energia solar. Com chuva faz curto circuito, (...)